Jubileu de 70 anos de vida religiosa — Português

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Jubileu de 70 anos de vida religiosa

Esta sábado, 29 de setembro de 2012, Irmã Marie Camille comemorou seus 70 anos de vida religiosa

 

Jubileu de 70 anos de vida religiosa de Irmã Marie Camille – França

 

Testemunho

- Na véspera do seu Jubileu, quais são os sentimentos que todos estes anos de vida religiosa lhe inspiram?

Nos primeiros anos, sentia um entusiasmo que me fazia aceitar tudo e não era difícil. Antes da minha entrada na vida religiosa, um sacerdote disse-me: “Aceite, como sendo ouro, tudo o que a sua superiora disser.” Era apenas questão de pôr as ordens em prática, era assim que nós aprendíamos. À medida que os anos passavam, esforcei-me sempre por andar para a frente, embora nem sempre tivesse sido fácil, mesmo que, por vezes, houvesse incompreensões. À medida que envelhecemos, temos mais dificuldades. Mas, mesmo assim, fui sempre avançando, persuadida de que temos, a cada instante, a graça do momento para viver o melhor possível as dificuldades. Agora, na última etapa, sinto em mim um desejo mais forte, mais profundo, sinto mais confiança na graça. Sinto-me mais em paz. O Senhor ajudou-me muito. No fim de tudo, os anos não se passaram muito mal – diz com um sorriso.

 

- Em que missões trabalhou ?

Quando saí do Noviciado, queria tratar os doentes, mas a vida, depois da guerra, não era fácil. Na verdade, não trabalhei em nenhuma missão. Nessa época, a entrada na vida religiosa era diferente. Quando se transpunha a porta, acabou. As superioras diziam-nos que tudo era importante, se era feito com amor. Eu queria ser religiosa, mas, finalmente, talvez tivesse vocação de clausurada.

 

- Como escolheu o seu nome de religião?

Eu tinha lido um livro sobre a vida de Santa Gertrudes, de que gostei muito. Por isso, primeiro escolhi Gertrudes. Uma irmã tinha recusado o nome de Camille, mas eu gostava muito dele e, como era o meu santo padroeiro, escolhi Camille.

 

- Conservou algumas amizades durante a sua vida religiosa?

Tive duas grandes amigas de infância, Charlotte e Monique, ambas já falecidas. Quando ficaram viúvas, vinham as duas visitar-me uma vez por mês. Mas os meus contactos da juventude desapareceram. Por vezes, dava-me conta de que me tinha esquecido de me despedir…

 

- Que mensagem gostaria de deixar às novas gerações?

Acho que os jovens do nosso tempo são muito delicados, cheios de atenções, por vezes demasiado. Para finalizar: eu não fui educada cristãmente. Mas uma vez fiz tudo para assistir à missa. Tinha sede de conhecer algo sobre a vida religiosa. Espero acabar bem a minha vida, no aspecto moral e religios. Penso que isto será o melhor sucesso.

 

Fotos do Jubileu